Quando “Caminho das Índias” entrou em produção muitos afirmaram que as belas imagens de um país pouco conhecido pelo brasileiro convidariam o telespectador a assistir à nova trama global. Sem dúvida nenhuma, o colorido das regiões escolhidas, os palácios, monumentos e rios da Índia são belíssimos e prendem os nossos olhos. Mas apenas isso, porque falta algo a mais na novela de Glória Perez.
Até o momento, os capítulos atiram para muitos lados e as histórias dão a sensação que o telespectador já sabe o que acontecerá. Tudo é muito previsível, igual, recorrente…
Não sei se é porque Márcio Garcia conseguiu um bom espaço como apresentador na sua antiga emissora, mas seu trabalho como mocinho em “Caminho das Índias” ainda não convenceu o telespectador. Ao assistir às cenas onde ele aparece é possível notar que está pouco à vontade no papel, pois planejava outras coisas para seu retorno à Globo.
Quanto a Juliana Paes, confesso que não esperava muito mais do que vejo na tela e me decepcionei com Vera Fisher. A atriz ainda está distante de sua personagem. A boa Christiane Torloni vai roubar a cena mais por seu talento do que pelo papel, já que sua dondoca repete sempre as mesmas frases e, até o momento, não mostrou a que veio.
Aposto que, assim como em “América”, a mocinha não ficará com o mocinho, os protagonistas terão relativo destaque e o público vai realmente aplaudir os núcleos secundários, porque em novelas de Glória Perez os tipos que surgem às margens da história principal sempre são os mais interessantes e a trama principal não passa de um bom motivo para fotografias coloridas, diferentes e atraentes.
Foi assim com Marrocos. Será assim com a Índia.
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