quinta-feira, 1 de outubro de 2009

'Aline' chega as noites da Globo apostando em público jovem.


A relação entre uma mulher e dois homens ao mesmo tempo não é novidade na televisão brasileira. Prova disso era o romance da descolada jornalista Zelda Scott, vivida por Andréa Beltrão, com os amigos Juba e Lula, interpretados respectivamente por Kadu Moliterno e André di Biase em “Armação Ilimitada”, seriado exibido entre 1985 e 1988 na Globo.

Na primeira temporada da série “Aline”, fruto de um especial de final de ano da emissora baseado nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai, a relação a três da década de 80 vai voltar à tela. Só que em outro tempo e espaço. Desta vez, a moça vai se chamar Aline, papel de Maria Flor, viverá em São Paulo, e não verá problemas em amar ao mesmo tempo os imaturos Otto (Bernardo Marinho) e Pedro (Pedro Neschling). “O especial era totalmente centrado no triângulo. Agora, na primeira temporada da série, vamos contar as aventuras e desventuras desses três personagens”, adianta Mauro Wilson, roteirista da produção que estreia nesta quinta, às 23h.

Com sete episódios, a série, ao contrário do especial de fim de ano, vai ganhar novos e importantes personagens. Entre eles a vizinha e confidente de Aline, Kelly, vivida por Bianca Comparato, e a cantora Lola, personagem de Raquel Galvão, que vai roubar todos os namorados da protagonista. “Vamos ter também o durão e engraçado Rico (Otávio Muller), namorado do Pipo, patrão de Aline, vivido pelo Gilberto Gawronski, E ainda o excêntrico ex-namorado da mãe dela, o Zito, interpretado pelo Paulo Betti”, acrescenta Maurício Farias, diretor-geral da série.

Além do triângulo, “Aline” vai abordar outras questões que fazem parte do dia a dia da descolada jovem que trabalha em uma loja de discos e tem de lidar com questões como a falta de grana, o medo de engordar, a TPM e as dúvidas sobre o futuro. “Costumo dizer que a Aline é uma jovem mulher espevitada, que não tem medo da vida, que se joga. Esta primeira temporada está bem legal porque mostra também como ela lida com os pais e os patrões”, elogia Maria Flor, que está satisfeitíssima pelo especial de fim de ano ter ganhado um lugar na grade da Globo. “Fiquei muito feliz. E torço para que tenha uma segunda temporada”, sonha.

Assim como ela, Pedro Neschling e Bernardo Marinho estão muito felizes por terem tido a chance de reviver seus personagens nesta nova fase de “Aline”, que foi inteiramente gravada entre os meses de junho e setembro em São Paulo, cidade onde a série se passa. “Foi um prazer ter sido chamado pelo Maurício Farias para participar desta primeira temporada da série. E ainda mais para interpretar o Pedro, que é um cara jovem, que luta pelo amor, alto-astral, para cima”, desmancha-se Pedro. A outra ponta do triângulo, Bernardo Marinho, não fica longe quando fala sobre seu papel na produção. Isso porque, Otto é, até hoje, o papel de maior destaque na carreira do jovem ator. “Ele é ótimo: um cara intelectualizado e levemente neurótico”, define Bernardo.

Por ser baseada em tirinhas de jornal, Mauro Wilson admite que foi desafiador adaptar a série para a televisão. Afinal, além de transformar desenhos em seres humanos, ele abriu o leque emocional dos personagens e criou camadas, aumentando tanto os conflitos internos quanto os externos. “Os personagens ficaram mais reais e os relacionamentos ganharam mais espaços na história”, explica o roteirista.

Já Maurício Farias admite não ter tido grandes dificuldades para adaptar os quadrinhos de “Aline” para a linguagem da TV. Segundo ele, Mauro Wilson tem um texto ágil e adaptou a Aline dos quadrinhos na medida certa para a televisão. “Meu desafio, na verdade, foi dar vida a esse texto, dentro de uma estética que melhor retratasse os sentimentos dos jovens diante da vida”, resume.

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